terça-feira, 27 de novembro de 2012

Levantamento aponta que o Recife vive um 'abismo urbanístico'



 

Pesquisa empresarial identificou principais problemas da capital.
Calçadas quebradas e trânsito caótico lideram queixas dos entrevistados.

Do G1 PE
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O Recife esteve no centro de uma pesquisa feita com empresários para saber "qual é a cidade que precisamos?". Levando em consideração fatos políticos, econômicos e sociais que mexeram com a região, com o País e com o mundo, o estudo apontou resultados como: a capital pernambucana passa por um momento de colapso urbanístico.

O consultor Francisco Cunha, especialista em gestão empresarial, levou ao Bom Dia Pernambuco desta terça (27) alguns resultados dessa pesquisa. Em relação ao Recife, há pedidos de mudanças na situação da cidade. Entre os maiores problemas apontados estão calçadas quebradas, trânsito caótico, transporte público ineficiente. O raio-x da capital pernambucana ainda apontou falhas na forma como a cidade vem se organizando.
“Passamos por um momento difícil, de um abismo urbanístico. A dificuldade de tratar os problemas urbanos faz com que se acumule uma série de problemas: calçadas intransitáveis, mobilidade travada, sem planejamento a longo prazo”, revelou Franciso Cunha.
A solução apontada pelos entrevistados é investir na mobilidade, no controle urbano e no planejamento. “As calçadas são as principais vias da cidade, porque 70% da população transita sobre calçadas. 30% utilizam o transporte individual. Então, a prioridade é tratar a calçada e o transporte coletivo”, concluiu Cunha.

Em relação ao Brasil, o sentimento predominante é de que o País deve manter um ritmo de crescimento pouco melhor do que esse ano. “Mas não tem muita expectativa positiva em relação à economia porque o Brasil tem dificuldade de crescer. Não pode crescer só dependendo do consumo; é preciso crescer dependendo do investimento. E o País tem dificuldade de investir continuamente”, comentou.

Para os pernambucanos, o Nordeste deve continuar crescendo no próximo ano e depois da Copa de 2014. Entretanto, 76% acreditam que governo federal não será capaz de implantar uma política de combate à seca. “Isso é impressionante. Um país do tamanho do Brasil, com o semiárido mais populoso do mundo, não consegue estabelecer uma política a longo prazo para um fenômeno cíclico e previsível “, disse o consultor.
O levantamento também colheu a percepção sobre a conjuntura mundial. Nesse contexto, 75% dos entrevistados acreditam que o presidente reeleito dos Estados Unidos, Barack Obama, vai fazer um governo melhor a partir de 2013. Já 61% creem numa desaceleração do ritmo de crescimento da China, que passa dos 10% ao ano.

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